Uma semana italiana

Haiti/Holanda, Brasil e Espanha na Galeria Vittorio Emanuele II

Desculpa pela demora em postar sobre essa viagem que começou há quase um mês atrás e já terminou há mais de duas semanas, mas é que escrever posts de viagens me consome um tempão, porque eu acabo fazendo muito devagar. É que por mais que eu me esforce em não fazer algo muito monótono, do tipo “eu fui pra tal lugar, depois fui pra tal lugar, achei muito legal, depois fui pra tal lugar” e assim por diante, temo que acabe ficando desse jeito mesmo. Só espero que mesmo assim, as pessoas gostem do que escrevi. Se não gostarem do texto, é só pular para as fotos, bem mais interessantes, lá embaixo, não é mesmo?

Pois bem, não posso reclamar dessas férias. Durante as semanas passadas acrescentei mais um país à minha lista de territórios visitados (é como se eu estivesse jogando War, só que na versão turismo): a Itália, esse belo país em formato de bota, onde fiquei de 13 a 24 de setembro. Minha primeira parada foi Milão, terra da moda e a maior cidade do norte da Itália. Eu, no entanto, não fui lá para ver desfiles ou lojas de roupas, e sim para o Give Mi 5 (belo trocadilho), um encontro organizado por um pessoal do Couch Surfing. Sim, mais um. Foi minha última grande viagem antes do final das férias. Depois disso, fui para Bolzano, bem no norte da Itália, na região do Tirol do Sul/Südtirol, onde mora o Michele (se pronuncia Miquéle), amigo nosso que conhecemos em Tübingen, nosso colega de Startkurs, onde um outro amigo meu, um australiano chamado Callum juntou-se a nós. Pois bem, vamos aos fatos.

Croácia, 40 graus

Tá, não estava literalmente 40 graus, mas bem próximo disso, o suficiente para eu me queimar um pouco no sol croata (meus genes germânicos por parte de pai não ajudam). Porquê Croácia?, alguns me perguntaram. Ao que respondo: porque não Croácia? Afinal de contas, esse país de bandeira quadriculada vermelha e branca tem belas praias, não é tão longe da Alemanha e é relativamente mais barato do que destinos de verão como Espanha, França e Itália. Um euro compra cerca de 7,40 kuna, moeda local. E porquê viajar sozinho? Bom, nesse caso foi por falta de opção. Como Tübingen fica vazia nas férias e não sobra quase ninguém, o jeito é por o pé na estrada solito mesmo.

Paris Rendez Vous 2011 na TV francesa

Matéria na televisão francesa sobre o Couch Surfing com cenas do nosso picnic no Champ de Mars, próximo à Torre Eiffel, lembram?

Eu estava nesse picnic, lembro de conversar com várias das pessoas presentes no vídeo acima (incluindo Boris, um peruano com nome russo e que vive na Áustria), lembro o alemão que aparece logo no começo do vídeo e que se travestiu para participar do concurso de Rei e Rainha do Paris Rendez Vous 2011.

Mas por azar, não apareço na matéria. Lembro que tive que me retirar do picnic com o Sharavan (meu amigo indiano do Couch Surfing) por mais ou menos uma hora para procurar um internet café (ou lan house, como se diz no Brasil) para imprimir os nossos tickets de ônibus, pois Sharavan tinha que partir já no fim da tarde. Imagino que justamente naquele intervalo de uma hora tenham feito as filmagens. Nem sequer a Rena (minha colega de universidade e também participante do CS) apareceu na matéria, sei lá porque.

Bom, não foi dessa vez que apareci na TV francesa. Mas me aguardem!

Destaques do vídeo:

* A gaguejada do Boris – 0.07 min

* “Couch surfeuse” (a língua francesa é peculiar mesmo) – 0.51 min

Eu contei sobre a minha passagem em Paris dois posts atrás. Quem quiser relembrar esses grandes momentos e reler o tal post, clique aqui.

Desbravando Paris

Tentando me achar no meio de tantas estações

Pois bem, chegou o fim do semestre, e com ele, várias pessoas que conheci em Tübingen começam a ir embora. É duro. Para evitar a melancolia das despedidas, o jeito é viajar. Minha última prova foi na quinta, 21 de julho e já na sexta, 22, começava o Paris Rendez-Vous 2011, um encontro do Couch Surfing, o que é sempre uma boa desculpa para viajar à uma cidade diferente. Fomos eu e Rena (uma colega alemã da Universidade e também membro do Couch Surfing). Sharavan, um indiano que mora em Reutlingen, aqui do lado, nos encontraria em Paris e ficaria conosco no apartamento.

Acordei às 4.40 da manhã de sexta, peguei o táxi (porque não tinha ônibus àquela hora) e me mandei para a Hauptbahnhof de Tübingen. Encontrei a Rena na estação de Tübingen, e embarcamos em direção a Stuttgart, onde pegaríamos o trem até Paris. Uma viagem tão pacata quanto o trajeto Tübingen-Stuttgart acabou tendo emoções: o trem havia sofrido uma mudança de itinerário de última hora e a princípio não iria até Stuttgart, e sim até Esslingen, de onde teríamos de pegar outro trem e provavelmente nos atrasaríamos.