Desta vez, traduzi para vocês um levantamento feito pelo jornal local Schwäbisches Tagblatt sobre o principal assunto dos últimos meses na Alemanha: os refugiados. Vamos à reportagem!
Perguntas e respostas, boatos e números
Um tira-teima sobre refugiados
O que há de verdade sobre os julgamentos sobre os requerentes de asilo que vêm para a Alemanha? A maioria deles é mesmo composta por migrantes econômicos? É preciso ter medo deles? Eles estão enriquecendo às nossas custas?
Por Sabine Lohr e Hannah Schlenker
Refugiados em Meßstetten, Baden-Württemberg. Foto: SWR
>> A Alemanha absorve o maior número de refugiados. Falso. De acordo com a agência de refugiados da ONU, atualmente 60 milhões de pessoas em todo o mundo estão em condição de refugiados. Este é o maior número já registrado pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a agência da ONU para refugiados). Sobre a distribuição entre os países individuais só estão disponíveis dados de 2014. A maioria dos refugiados (1,6 milhões), foram absorvidos pela Turquia, seguida pelo Paquistão (1,5 milhões), Líbano (1,2 milhões), Irã (980 000), Etiópia (660.000) e Jordânia (650.000).
No que diz respeito à Europa, no entanto, a afirmação é verdadeira. Em 2014 haviam 173.000 novos requerentes na Alemanha, enquanto que neste ano foram 222.000 requerentes até agosto. Na Suécia, 75.000 novos candidatos foram registrados no ano passado, enquanto que em 2015 já foram 45 000. A Hungria registrou este ano 143.000 requerentes 41.000 em 2014.
>>Nunca houve tantos pedidos de asilo como agora. Falso. Em 1992, 438.000 pessoas pediram asilo na Alemanha – eles vieram, principalmente, devido à guerra civil na Iugoslávia. Neste ano, 303.000 pedidos de asilo foram registados até outubro na Alemanha, de acordo com o Serviço Federal de Migração e Refugiados. O estado de Baden-Württemberg absorveu 52 000 pessoas naquela época – o mesmo número de 2015, até o mês de setembro.
>>A maioria dos refugiados são migrantes econômicos. Falso. A maioria dos refugiados (41 por cento) que vêm para a Alemanha são da Síria. 23,1 por cento vêm dos Bálcãs. Esses dados são fornecidos pelo Serviço Federal de Migração e Refugiados. No fim de agosto, 41,4% dos refugiados no distrito de Tübingen vinha dos países dos Bálcãs, 13,4% da Síria e 21,4% de países africanos, segundo dados da administração. Continuar lendo →